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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

O desejo não satisfeito


O que seria a insatisfação?

Nós fomos feitos à imagem de Deus. Temos uma capacidade interna ou, ainda, uma necessidade interna de nos relacionarmos com Deus. Deixar de fazê-lo significa falhar como ser humano. Alcançar a realização pessoal é se deixar ficar pleno de Deus. Nada que seja transitório jamais poderá satisfazer essa necessidade. Nada que não seja Deus jamais sequer aspirar a tomar o lugar de Deus. Contudo, por causa da natureza decaída do homem, existe agora uma tendência natural de procurar fazer outras coisas preenceherem essa necessidade.


O pecado no afasta de Deus e nos tenta colocar outras coisas em seu lugar. As coisas criadas são assim colocadas como substitutas de Deus. Todavia, elas não satisfazem.


Esse fenômeno é um fato conhecido desde o alvorecer da civilização humana. Em um de seus diálogos, Platão compara os seres humanos a jarros que estão vazando. De algum modo, estamos sempre incompletos. Podemos despejar coisas nos recipientes de nossa vida, mas há algo que impede que o jarro fique cheio. Estamos sempre parcialmente vazios e, por esse motivo, temos uma consciência profunda de falta de completude e de felicidade. “Aqueles que já experimentam o vazio sabem que deparam com um tipo de fome, ou vazio, peculiar; nada que é terreno pode satisfazê-lo” (Diogenes Allen).[1]


A insatisfação pode nos conduzir decididamente à estrada que nos levará à descoberta do Deus pessoal. Jean-Paul Sartre referiu-se insistentemente à verdade desconcertante de que não podemos achar felicidade em nada que seja humano ou criado.


Existe um sentimento de insatisfação em relação a Deus, e não de insatisfação com Deus, uma insatisfação com tudo o que não seja Deus e que, em última análise conduza a Deus. Sartre tem razão: o mundo não pode nos satisfazer.


Não é preciso esperar pela eternidade para experimentar Deus; essa experiência pode começar agora, ainda que de modo imperfeito. Por sermos criados por Deus à sua imagem, nós o desejamos; por sermos pecadores, não podemos satisfazer esse desejo por nossa própria conta, quer colocando algo no lugar de Deus, quer obrigando-o a vir a nós. Por isso, brota em nosso íntimo um sentimento de frustração e insatisfação.


Você já notou o que acontece quando deseja muito alguma coisa e então se consegue ela? Um emprego novo, um casa, um cônjuge, uma qualificação importante, um automóvel, um aumento de salário? Começamos a desejar essas coisas. “Quando eu conseguir tal coisa, ficarei satisfeito e nada mais pedirei da vida” Mas as coisas não funcionam desse jeito. No momento em que satisfazemos o desejo do nosso coração, já não nos sentimos mais satisfeitos. Queremos mais. Queremos Algo diferente. Um velho provérbio expressa bem esse ponto: “O melhor da festa é esperar por ela
Quantas pessoas passam o resto de suas vidas investindo o tempo em algo que não lhes trarão conforto, nem segurança, nem paz e felicidade completa. Jovens que vão para muitas baladas ou a até mesmo o carnaval, muitos deles viram a noite em seus prazeres carnais e voltam totalmente vazios para os seus lares, muitos deles com a ressaca e desiludidos com a vida. Contudo, eles continuam a procurar novas aventuras, tentam procurar algo que venha os satisfazer os seus desejos.


Deus? quem quer saber de Deus nesta era globalizada e cheia de insegurança e crueldade. A Frieza que vem varrendo a terra tem levado a muitos ao abandono da crença em um ser eterno e pessoal.


O vazio tem dominado os corações de muitos famosos também; Quem imaginaria que Borris Becker, tenista famoso, pudesse se sentir esmagado por essa sensação de desesperança e vazio e que, por isso, quase tenha tirado a própria vida? Apesar de todo sucesso, faltava-lhe algo.


“Fui campeão em Wimbledon por duas vezes, uma delas na qualidade de tenista mais jovem a vencer ali. Eu era rico. Tinha todos os bens materiais que desejava: dinheiro, carros mulheres, tudo [...]. Sei que isso é clichê. É aquela velha história sobre cinema e artistas de cinema que cometem suicídio. Eles têm tudo, e mesmo assim são infelizes [...]. Eu não tinha paz interior. Sentia-me uma marionete.”

Lembramos também de Jack Higgins, escritor de thrillers no auge de sua carreira, autor de romances campeões de vendas como The Eagle has Landed [A águia pousou]. Certa vez, perguntara-lhe o que ele sabia agora que gostaria de ter sabido quando criança: “Que quando se chega ao topo”, teria dito o autor, “descobrimos que não há nada lá”. Estes são exemplos em que o mundo da cultura secular nos oferece.


Esta é a realidade meu caro amigo(a), você pode ser famoso ou ter muito dinheiro. Porém saiba que isso não é tudo em sua vida. Veja o que diz a Bíblia: “Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?” (Mt.16:26)


Você não estará livre deste desejo insatisfeito por simplesmente ser religiosos, frenquentar por muito tempo uma igreja seja ela qual for, mas estará livre disso quando você entender quem é de fato Jesus Cristo. Ele disse: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.”(Mt. 11:28).


Só estaremos satisfeitos com Jesus Cristo o filho de Deus! Você tem outra opção melhor? Qual é? Me mostre? Se ela fornecer algo que irá preencher o ser humano por completo, sendo ela também melhor do que Deus, você já deveria ter publicado ou falado para o mundo que anda em busca de uma resposta para sua insatisfação.

Algumas citações aqui foram extraídas do livro: Apologética Cristã no século XXI.
[1] Diogenes ALLEN, The Trances of God (Cambridge: Cowley Publications, 1981).

Daniel Tavares

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