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quarta-feira, 23 de julho de 2014





PROVÉRBIO DOS ANTIGOS

Gosto de provérbios, pois eles sempre nos ensinam grandes verdades de forma simples e direta, é uma frase de caráter popular, e muitos deles de autoria anônima. Em quase todas as civilizações antigas existia provérbios, tais como os provérbios chinês, latino, grego, árabe, provérbios de Salomão como conhecemos, etc.

No que se refere aos provérbios, podemos ver o rei Davi citando um provérbio antigo, e aparentemente bem conhecido em sua época por muitos. Davi faz citação dele quando teve a oportunidade de matar o rei Saul na caverna, isto depois de haver cortado um pedaço do manto de Saul. Quando o rei saiu da caverna, Davi grita em seguida dizendo que jamais tivera a intenção de matá-lo, porém, mediante o discurso ele cita um provérbio antigo: “DOS ÍMPIOS VEM COISAS ÍMPIAS” ou “Dos perversos procede a perversidade” (1Sm 24:13a). Que provérbio é esse? Como Davi o conhecia? O que ele realmente quer nos dizer?

O provérbio proferido por Davi, era conhecido por muitos de sua época e estava registrado a sua origem em um livro em que os hebreus usavam; tal livro narra os eventos e proezas dos grandes heróis da fé, as vezes contados de forma resumida e ampliada. Era uma espécie de livro de guerra, que possuía uma forma literária e poética. Este livro é conhecido como “O livro de Jasar” (o livro do justo); sendo que nunca veio fazer parte das Escrituras canônicas. Davi faz uma citação direta deste livro na ocasião em que o rei Saul morre juntamente com o seu filho Jonatas (2Sm 1:18). O livro de Josué também faz citação deste livro (Js 10:13).

Podemos ver a citação do provérbio descrito por Davi: “E cada um que ouviu dos atos de Mardon, o filho de Nimrod, relativo à ele dizia: “OS IMPIOS VÃO ADIANTE NA IMPIEDADE”, por conseguinte, tornou-se um provérbio em toda a terra, dizendo: “OS IMPIOS VÃO ADIANTE NA IMPIEDADE”, e era comum nas palavras dos homens daquele tempo” (Jasar 7:48).

O historiador hebreu Flávio Josefo parafraseando as palavras de Davi em relação a esse provérbio diz: “Será justo que vossa majestade preste fé aos caluniadores, que vos enganam, e desconfie daqueles que vos têm mais afeto e vos são mais fiéis, quando deveríeis julgar uns e outros por suas ações? AS PALAVRAS PODEM ENGANAR, MAS AS AÇÕES MOSTRAM O QUE ELES TÊM NO FUNDO DA ALMA”. (JOSEFO, Flávio, CPAD. p.315, parágrafo 247).


Analisando ainda esse fantástico provérbio, o nosso Senhor Jesus Cristo nos dá uma compreensão direta quando fala a respeito dos falsos profetas: "VOCÊS OS RECONHECERÃO POR SEUS FRUTOS... ASSIM, PELOS SEUS FRUTOS VOCÊS OS RECONHECERÃO!” (MT 7:16a,20).

FILHOS DO REI 


                                                             
                                                                 

A nação que possui mais inimigos no mundo se chama: Israel. A nação que possui um dos exércitos mais bem  do mundo se chama: Israel. 

Em uma das profecias Bíblicas no que se refere a Israel, o profeta Zacarias destaca a supremacia e força do exército de Israel. O cumprimento se dará em uma das mais maiores guerras mundiais jamais vista em toda a humanidade. 

O profeta diz: “Naquele dia o Senhor protegerá os que vivem em Jerusalém, de forma que o mais fraco dentre eles será como Davi, e a família de Davi será como Deus, como o anjo do Senhor que vai adiante deles. Naquele dia procurarei destruir todas as nações que atacarem Jerusalém.” (Zacarias 12:8-9).

Se você observou bem, o soldado mais fraco será comparado ao melhor soldado e herói que Israel já teve, o rei Davi. E os da casa de Davi serão semelhantes a Deus; como o Anjo do SENHOR (Gn 48:16; Ex 14:19; Os 12:3-4), isto no que se refere ao extermínio e poder de aniquilação da parte de Deus aos inimigos de Jerusalém. 

Deus sempre irá lutar por sua nação, não sei porque ainda teimam em lutar contra Israel. E nós os gentios? Todo gentio que tem a sua fé no Leão da tribo de Judá – Jesus Cristo, já possui inúmeras vantagens. O salmista diz: “Como é feliz a nação que tem o Senhor como Deus, o povo que ele escolheu para lhe pertencer!” (Salmos 33:12). 

Alcançamos as bênçãos de Abraão por meio da fé em Cristo Jesus. João Batista foi o primeiro a declarar tal verdade: “Não pensem que vocês podem dizer a si mesmos: “Abraão é nosso pai’. Pois eu lhes digo que destas pedras Deus pode fazer surgir filhos a Abraão”. (Mateus 3:9). O apóstolo Paulo também nos ensina a respeito dessa verdade (Rm 2:28-29; 3:29-30). 

O profeta Zacarias está se referindo ao cerco final de todas as nações contra Jerusalém e a volta do Messias para derrotar os inimigos de Israel e estabelecer o seu Reino. Logo, é inútil lutar contra o povo escolhido.
Que grande benção sermos filhos de Abraão por meio da fé em Cristo Jesus. E eu te pergunto: VOCÊ É FILHO DE ABRAÃO POR MEIO DE CRISTO JESUS?

quarta-feira, 2 de julho de 2014



É PECADO PRATICAR ARTES MARCIAIS?

Antes de sabermos se é pecado ou não, é necessário questionarmos da seguinte maneira: Qual o meu objetivo em praticar artes marciais? O que me estimula a fazer parte dessa arte e esporte? A maioria responderá afirmando que procuram o cuidado e o bem-estar da saúde, sendo que isto é algo bom e proveitoso. Paulo diz a Timotéo: “Pois o exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser” (2Tm 4:8). O apóstolo Paulo não está desqualificando o exercício físico de forma alguma, ele usa duas palavras com fortes significados, a primeira é “proveitoso” onde entendemos o seu significado como: vantagem, proveito ou lucro, em outras palavras, quem pratica não sairá perdendo. A segunda palavra é:  “piedade”, visto que seu sentido original é: reverência, respeito, fidelidade a Deus, religiosidade. A ideia é que o exercício espiritual tem um valor superior em nossas vidas, seja agora ou no futuro, e tal valor se torna superior a qualquer outro exercício. Porém, podemos entender que Paulo não desqualificou e nem proibiu o exercício físico, entretanto, deu ênfase demasiada ao exercício espiritual.

Buscar as coisas lá do alto é de fato o mais proveitoso (Cl 3:1), contudo, não encontramos casos na Bíblia que condene a pratica de exercícios físicos. Tudo o que substituímos por Deus se torna de fato pecado. As artes marciais em si, não leva ninguém a apostasia, mas sim os que obedecem a espíritos enganadores e ensinos de demônios (1Tm 4:1).

Praticar artes marciais com o propósito de glorificar a Deus e testemunhar a sua bondade é de grande valor. Não devemos ser exclusivistas, separados das pessoas que aparentam fazer alguma coisa má. O que devemos fazer é seguir os exemplos de Cristo; ir aos pecadores, falar do amor de Deus por elas, e compreender também que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados segundo o seu propósito (Rm 8:28).

Todas as coisas são puras para os puros (Tt 1:15a), tendo em vista um forte propósito de que todas as coisas que venhamos a fazer seja para a honra e glória do nosso Senhor Jesus Cristo (1Co 10:31).

É necessário conhecer aquilo que vamos fazer. O amor por Deus sempre deve prevalecer na vida dos cristãos verdadeiros. A Bíblia é clara quando afirma que um dia, cada cristão vai apresentar-se perante Deus para ser julgado mediante os seus atos. Seremos julgados segundo o bem ou o mal que fizemos depois de termos sidos salvos. Este julgamento é conhecido como “Tribunal de Cristo” (2 Co 5:10). Logo, segundo as Escrituras é evidente que não escaparemos de sermos julgados pelas nossas ações, isto inclui todo cristão, seja praticante ou não das artes marciais.

Um pregador renomado conhecido como Billy Graham disse certa vez em um dos seus sermões que Satanás tem sempre um barco pronto para oferecer aqueles querem viver longe de Deus. Entendemos que, a pessoa desejosa em viver longe de Deus, não é necessariamente aquela que estar vivendo no meio dos incrédulos, mas, pode ser aquela pessoa que mesmo estando dentro de uma igreja, continua vivendo como filho das trevas, ou seja, vivendo sem a verdade de Deus, e tendo tomado rumo no barco de Satanás há muito tempo.

Concluo afirmando que, o praticante das artes marciais que mantém um equilíbrio em sua conduta e pureza diante de Deus e dos homens, sempre será uma benção e um forte instrumento de Deus para levar muitas almas perdidas aos pés de Cristo. 




ARGUMENTOS POSITIVOS E NEGATIVOS SOBRE AS ARTES MARCIAIS


   Ao longo da história das artes marciais, muitos homens têm buscado o aperfeiçoamento com o objetivo maldoso, alguns com o foco em apenas em desafiar os mais fortes,  isto com o fim de obter honra e glória.

     Os grandes lutadores de renome, eram assim conhecidos por suas técnicas fatais, onde se poderia eliminar o oponente com um só golpe. Mas, nem todos buscaram a arte marcial com esse fim. Investir na educação, tanto da criança como do adulto, sempre foi o alvo daqueles que buscaram com lealdade praticar a arte marcial de forma positiva. Vamos analisar dois argumentos a respeito.

      Argumento negativo

  O preconceito com a artes marciais em nosso país ainda pode ser perceptível pela maioria dos cristãos. Para muitos é inadmissível um cristão envolver-se nesta arte. Os motivos principais da rejeição, encontra-se devido a filosofia e a religião oriental, sem esquecer que para eles,  ela  pode promover ou estimular a violência.

  No que diz respeito a religião dentro das artes marciais, temos exemplos como o Muay Thai, onde os praticantes fazem uma dança ritualística antes de começar o combate;es isto porque a maioria dos tailandeses seguem o budismo. Já no Sumô, os praticantes iniciam o combate jogando sal na arena para espantar os espíritos malignos. Na capoeira, diversas músicas são entoadas, sendo que muitas delas estão presentes em centros de macumba.

 O editor do site vivos, em uma de suas postagens na internet a respeito das artes marciais, diz:
  
 “As filosofias diversas, não devem encontrar lugar no coração do homem que procura santificar-se e ser instrumento nas mãos do Senhor Deus. É preciso que haja discernimento no Espírito, afinal, a vida que nos é proporcionada deve ser exclusivamente para a honra e glória do Eterno, e isto com todas as forças possíveis. E nesta visão, é preciso abrir-se mão de muitas atitudes aparentemente normais e inofensivas à vida espiritual.

 Ocasionalmente recebo e-mails de pessoas que se dizem evangélicas, no afã de descaracterizar a condição filosófica das artes marciais, inclusive relatando sucessos na disseminação do evangelho por esse canal. Eu lamento, mas, não consigo ver e não reconheço o mover de Deus através de meios sabidamente contrários a Seus princípios.
  
O que é mais importante, agradar a Deus ou satisfazer os anseios da vontade? Veja os conselhos do Senhor, através da Bíblia:

“Não vos ponhais em jugo desigual com incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas?” 2 Co 6:14;

    “Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz...E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as”
 Ef 5:8, 11;

   “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor”. Cl :13;

   “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”. 1Pe 2:9;

  “Não imitem os costumes dos povos que eu vou expulsar dali, conforme vocês forem tomando posse da terra. Eu fiquei aborrecido com eles por causa das coisas imorais que faziam.” Lv 20:23;

    Não se deixe levar por vãs filosofias e toda sorte de doutrinas; seja fiel, santo, puro e cheio do Espirito Santo, assim de tu fluirá um rio de água viva.[1]

Estas são as objeções negativas referentes à prática das artes márcias para um cristão.  Mas, estaria ele verdadeiramente certo em seus argumentos? Faz-se necessário uma forte avaliação a respeito disso.


 Argumento Positivo

As artes marciais vêm sendo usado como método de ajuda emocional e física para muitos, ou seja, uma melhora na saúde. O bem-estar tem sido notado na vida de muitos praticantes, onde até mesmo muitos eram dominados pelas drogas e o álcool. Alguns têm praticado com intenção de divulgar o evangelho aos perdidos, visando também tirar muitas crianças do caminho das drogas. Mesmo com esses benefícios, as pessoas têm praticado com a visão no que diz respeito a esporte, sem esquecer ou ignorar o fato que muitos atletas vêm se destacado em grandes competições e até mesmo nas olimpíadas.

A filosofia das artes marciais não influencia a uma certa idolatria ou paganismo. Até porque nem todos os professores têm ensinado as filosofias com o intuito de converter ou mudar o aluno pra uma determinada crença. É verdade que muitas das artes marciais do oriente possuem suas raízes na filosofia e cultura oriental, onde em certo sentido ela traz consigo aspectos das religiões orientais. Entretanto, todo e qualquer praticante não vai primeiramente a busca de praticar com esta intenção. Muitos, se interessam simplesmente por outros motivos, seja o de praticar um esporte, fortalecer o corpo e preservar uma boa saúde. Pois doutro modo, não procurariam uma academia, e sim um centro religioso da qual deseja fazer parte.

Infelizmente, hoje estamos mais expostos as filosofias nas universidades do que em uma academia de artes marciais. O mundo está cheio de filosofias bem fortes, onde negam a verdade absoluta das Escrituras. Não podemos afirmar e nem classificar o que Deus quer usar quando Ele deseja salvar o pecador ao Seu modo. É evidente que Deus não usou um só padrão categórico para salvar quem Ele quer. O comportamento e  testemunho de vida de um cristão, pode evidentemente proclamar as boas novas em qualquer lugar, onde quer que ele esteja.

O grande problema em tudo que fazemos, é simplesmente o exagero, o que de fato nos leva ao pecado. Tentar substituir Deus por qualquer coisa e desconsiderar a pessoa de Deus, é destrona-lo. Seja um cristão fiel ou não, ele corre o risco de querer fazer tudo ao seu modo e se rebelar contra Deus, caso não tenha um equilíbrio espiritual. É necessário ter uma disciplina espiritual, afim de não ser levado por quaisquer influências negativas.  

Cuidar do corpo faz parte da vida de qualquer ser humano que deseja ter uma boa disposição mental e física. O cristão de sã consciência das Escrituras nunca vai querer viver de forma grosseira e brutal com o próximo. Pois agindo assim, ele estará dando um péssimo testemunho, para a igreja, para a família, e para os seus amigos praticantes da mesma arte, se assim o fizer.

Alguns lemas usados nas academias de Karatê para auto disciplina do aluno são: “Respeito acima de tudo; Fidelidade para com o verdadeiro caminho da razão; criar um intuito de esforço; conter o espirito de agressão”.[2] Tais pronunciamentos são de importância ética moral na conduta do praticante de Karatê. Para algumas academias, o aluno que deixar de cumprir esses normas, estará sujeito a ser expulso. No karatê são conhecidas como “Dojo-kun” (código de ética).

     Muitos versículos correm o risco de serem mal interpretados e aplicados contra aqueles que praticam. Textos como já citados: “Não vos ponhais com jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? (2Co 6:14); “Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz...E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as” (Ef 5:8, 11); Tais textos não são bem aplicados para isentar o cristão de praticar artes marciais. Não há como o cristão sair de modo completo do mundo a não ser pela morte. Estamos cara a cara com o mundo dia após dia. Concordar e aceitar o sistema do mundo é uma outra questão.  

Mas, o que significa separar-se do mundo? Quando um crente vai ao restaurante e senta-se junto a alguém que bebe, ele não estaria assentado na roda dos escarnecedores? Quando vamos a um museu e contemplamos um quadro pintado por um artista que não é cristão, ladeados por outros visitantes também incrédulos, não estamos nos juntando aos pecadores? Pensando nesses termos, a resposta obviamente é não. A igreja não pode pensar em se isolar geograficamente do mundo...viajamos em ônibus e aviões rodeados por pessoas boas e más, ou seja, para onde formos estaremos inseridos no meio de incrédulos. Não há como fugir dessa realidade e nem tentar explicar ou aplicar tais textos para se ausentar da suposta comunhão com os incrédulos.
    
Nenhum praticante verdadeiramente cristão, vai se preocupar em querer lutar ou desafiar pessoas, mas ele vai querer lutar contra algo que lhe atrapalhe o seu crescimento na jornada cristã. Ele deverá pensar do mesmo modo que o apóstolo Paulo, quando diz: “E todo aquele que luta de se abstém; eles os fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível. Pois eu assim, não como uma coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar”(1 Co 9:25-26). E em outra ocasião ele diz: “porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Ef. 6:12). O escritor aos hebreus declara: “Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda não tendes resistindo até ao sangue” (Hb 12:4).




[1]http://pt.www.vivos.com.br
[2] Budokan.com.br






A BÍBLIA FALA SOBRE AS ARTES MARCIAIS?

   Encontramos nas Escrituras que o homem depois da queda tornou-se mal e separado de Deus. O primeiro homicídio pode ser visto em (Gn 4:8), quando Caim mata seu irmão. Porém, já em (Gn 6) podemos notar a corrupção total da humanidade naqueles dias. E mesmo depois do dilúvio, não cessou a maldade no coração do homem (Gn 11).


     Podemos ver ainda, inúmeras passagens nas Escrituras referentes à guerra. O homem sempre quis ser independente, achando que iria vencer sozinho os seus desafios e lutas. Contudo, sabemos que sempre foi Deus que concedeu vitória a quem ele quisesse conceder (Dn 5:18-19). Não foi a força robusta de homens, mas o Senhor concedia todas as vitórias ao seu povo, a saber, Israel.  

A Bíblia relata algo interessante em relação a Jacó, diz que ele lutava com um homem até o dia amanhecer, ou seja, na forma de um anjo foi o próprio Deus que lutou com Jacó. Com isso, não podemos classificar o tipo de luta e como lutaram, mas sabemos que de fato eles lutaram, e o seu nome foi mudado por Israel (Aquele que lutou com Deus, o que resistiu a um anjo, ou o príncipe de Deus), devido a sua perseverança nesta luta até o fim (Gn 32:22-31).

As inúmeras vitórias nas batalhas do povo de Deus, dependia unicamente da fidelidade, obediência e amor para com o Eterno (Nm 14:39-45; 21:1-3; 21-35; 31:1-12, 19-24). O povo de Israel todas as vezes que guerreasse, jamais deveriam esquecer-se dos deveres estabelecidos por Deus; como por exemplo: “Quando vos achegardes à peleja, o sacerdote se adiantará, e falará ao povo, e dir-lhe-à: Ouvi, ó Israel, hoje, vos achegais à peleja contra os vossos inimigos; que não desfaleça o vosso coração; não tenhais medo, não tremais, nem vos aterrorizeis diante deles, pois o SENHOR, vosso Deus, é quem vai convosco a peleja por vós contra os vossos inimigos, para vos salvar.” (Dt 20:2-4). Só havia espaço para homens corajosos (v.8). Deus de antemão encorajava o líder (Js 1:9; 5:13-15), e o seu líder por sua vez ao povo, como disse Josué: “Um só homem dentre vós perseguirá mil, pois o SENHOR, vosso Deus, é quem peleja por vós, como já vos prometeu.” (Js 23:10). Porém, Deus deseja primeiramente a paz ao invés da guerra (Dt 20:12). Sem esquecer, que na maioria das vezes, o povo não precisava lutar ou puxar alguma espada, isto devido as maravilhas que Deus iria operar no meio do seu povo contra os seus inimigos (Js 6:1-21).

Encontramos ainda nas Escrituras, histórias de homens valentes, tais como Sangar, filho de Anate que venceu 600 homens filisteus com uma aguilhada de bois (Jz 3:31); também como Gideão e os seus trezentos, dos quais dependeram totalmente de Deus para vencer os midianitas (Jz 7). No livro de Juízes no capítulo 13 ao 16, vemos também a vida de outro homem que sempre vencia as batalhas por auxilio de Deus, este homem era Sansão. Deus capacitava o seu povo de forma extraordinária, o exemplo disso era a tribo de benjamim que possuía na época dos juízes 700 homens canhotos, os quais atiravam com a funda num cabelo e não erravam (Jz 20:16).

A Bíblia não fala diretamente da prática das artes marciais, mas sabemos que muitas delas são milenares, e tem suas origens na guerra, pois era necessário que todo soldado soubesse a arte da guerra, mesmo usando armas ou não.

No segundo livro do profeta Samuel capítulo 23, verso 8 e 9, existe uma lista de guerreiros habilidosos que serviram ao rei Davi. Tais homens como Jabesão, em que numa certa ocasião, com apenas uma só lança, enfrentou oitocentos homens e os matou.

O rei Davi recebeu a benção do Senhor por possuir guerreiros hábeis em seu exército. Ao seu lado havia três guerreiros valentes, onde sempre estavam presentes nas batalhas. Certa ocasião, estando Davi com um forte desejo de beber água da cisterna da porta de Belém, os três valentes atravessaram o acampamento filisteu, e tiraram água e trouxeram para Davi, mostrando um grande valor de lealdade para com o rei; então o rei Davi exclama dizendo: “O Senhor me livre de beber desta água! Seria como beber o sangue dos que arriscaram a vida para trazê-la!” (2 Sm 23:14-17). Davi reconhecia juntamente com seu exército que as vitorias obtidas, não vinham de suas habilidades, ou técnicas, entretanto, todos tinham ciência que o Senhor era quem lhes concedia as vitórias gloriosas.

No decorrer do tempo, o ser humano esquece-se de Deus mais e mais, e com isso serviram a criatura em lugar do criador (Rm 1:25). Ainda hoje, muitos pensam com orgulho exacerbado, que possuem habilidades próprias, com o intuito de alcançarem as suas vitórias. Esquecendo-se de que Deus é quem luta em favor do seu povo.






O QUE SERIA AS ARTES MARCIAIS?

O termo “Arte” é de origem grega “Tekne” da qual originou-se a palavra “técnica” nas línguas neo-latinas. A palavra “marcial” do latim (matiale) em que no dicionário Aurélio faz relação à guerra, relativo aos militares ou guerreiros[1]

Dentro das artes marciais existem variações, por exemplo:

      Orientais


Karatê, Judô, Aiki-dô, Sumô, Ken-dô, Bujustu, Ninjitsu, Ken-Jutsu, Kyu-dô, Naguinata-dô, sôjutsu.Ken-pô, whushu, sanshou, shuai-jiao, Lerdrit, Muay boran, Muay Thai, Krabi Krabong, Silat pattani. Hapki-dô, Haindong gumdo, Taekwon-dô, Tangsudo. Viet vo dão, qwan ki dô. Eskrima, Krav maga.

Ocidentais


Art-dô, Boxe, capoeira, Esgrima, Full contact, Jeet Kune do, Kombato, Greco-Romano, Luta livre, Morgati Ju Jitsu, Keysi, Sambô, Savate, Shobu-Ryu, Submission, Wrestling, Vale-Tudo, Pancrácio.

Em cada parte do mundo sempre existiu uma arte marcial, até mesmo entre as tribos indígenas existem. Daniel Estevão da região metropolitana de Eusêbio – CE, fez uma peregrinação pelo o Brasil onde visitou várias tribos indígenas, e fez uma pesquisa a respeito das lutas milenares praticadas entre os índios. Ele analisou uma luta entre eles conhecida como “Huka-Huka” ou “Iuteki”, dos índios Xavantes, onde os oponentes lutam ajoelhados (arte parecida com o sumô). Segundo Daniel Estevão, os praticantes dos Txondarô conseguem pegar flechas em pleno vôo. Outra arte é Idajazó, praticada em pé, sendo esta parecida com Boxe[2]

A grande razão da existência das artes marciais foi devido à busca pela sobrevivência em tempos remotos, ou seja, a necessidade da defesa contra os invasores inimigos. Não deixando assim de ser por causa maldade de coração do homem, onde ele depois do pecado sentiu a necessidade da busca pela auto-defesa coletiva ou individual, sendo então reconhecida como a “arte da guerra”.

As artes marciais mais praticadas são as do oriente, porém, se tratando especificamente delas vejamos o que diz os pesquisadores.

“Não existem registros escritos precisos sobre a origem das artes marciais, no entanto, acredita-se que elas tenham suas raízes mais remotas na Índia, há mais de dois mil anos atrás. Há indícios de que nessa época tenha surgido a primeira forma de luta organizada, chamada de Vajrumushti, que seria um sistema de luta de guerreiros indianos. A história das artes marciais começa a tomar uma forma mais concreta a partir do século VI, quando no ano 520 A.D. um monge budista indiano chamado Bodhidhama – 28º patriarca do budismo e fundador do Budismo Zen – deixou seu país e partiu longa jornada em busca da iluminação espiritual. Bodhidharma (conhecido no Japão como Daruma) viajou da Índia para a China, pernoitando nos templos que encontrava pelo caminho e pregando sua doutrina aos monges ou a quem quer que fosse. Depois de ter perambulado por boa parte do território chinês, o destino o conduziu ao Templo Shaolin, localizado na província de Honan. Diz à lenda que, ao penetrar no velho mosteiro, Bodhidhama deparou-se com a precária condição de saúde dos monges, fruto de sua inatividade. Foi então que ele iniciou os monges na prática de uma série de exercícios físicos, ao mesmo tempo em que lhes transmitia os fundamentos da filosofia zen, com o objetivo de reabilitá-los tanto física quanto espiritualmente[3].

Essa é uma informação acerca da sua origem e desenvolvimento no oriente, onde houve um grande aperfeiçoamento delas por meio dos monges budistas. Muitas técnicas denominadas kata ou kachi “Formas”, se desenvolveram através da observação da natureza e comportamento dos animais, trazendo assim, o lado místico de cada arte. Os melhores praticantes levavam consigo o lado religioso, ou seja, eram monges e muitos tentaram mudar o sentido literal da arte para o equilíbrio da vida humana (Zen), e também do caráter de cada indivíduo.

Frases como a do fundador de Karatê Shotokan conhecido como Ginchi Funakoshi são de grande estima para os praticantes, ele diz: “ O objetivo fundamental da arte do Karatê não consiste na vitória ou na derrota, mas no aperfeiçoamento de seus praticantes”.[4] O mestre Hidetaka Nishiyama disse: “O oponente mais poderoso está dentro de nós mesmo”[5]

O aspecto “violento” das artes marciais no que se refere a guerras, com o tempo foi mudada pelo o amor a natureza e a vida, onde também é visado à mudança do comportamento dos praticantes pela valorização e o respeito ao próximo. Contudo, a filosofia oriental não foi possível se desligar das artes marciais do oriente. Muitos praticantes ocidentais que praticam as orientais começaram a amar tanto o oriente como também as suas filosofias e crenças.






[1] Dicionário Aurélio Século XXI
[2] http:/pt.wikipedia.org/wiki/Cinema/arte
[3] http://pt.www.budokan.com.br
[4] Idem