O
QUE SERIA AS ARTES MARCIAIS?
O termo “Arte” é de
origem grega “Tekne” da qual originou-se a palavra “técnica” nas línguas
neo-latinas. A palavra “marcial” do latim (matiale) em que no dicionário
Aurélio faz relação à guerra, relativo aos militares ou guerreiros[1]
Dentro das artes
marciais existem variações, por exemplo:
Orientais
Orientais
Karatê, Judô, Aiki-dô, Sumô,
Ken-dô, Bujustu, Ninjitsu, Ken-Jutsu, Kyu-dô, Naguinata-dô, sôjutsu.Ken-pô,
whushu, sanshou, shuai-jiao, Lerdrit, Muay boran, Muay Thai, Krabi Krabong,
Silat pattani. Hapki-dô, Haindong gumdo, Taekwon-dô, Tangsudo.
Viet vo dão, qwan ki dô. Eskrima, Krav maga.
Ocidentais
Ocidentais
Art-dô,
Boxe, capoeira, Esgrima, Full contact, Jeet Kune do, Kombato, Greco-Romano,
Luta livre, Morgati Ju Jitsu, Keysi, Sambô, Savate, Shobu-Ryu, Submission,
Wrestling, Vale-Tudo, Pancrácio.
Em
cada parte do mundo sempre existiu uma arte marcial, até mesmo entre as tribos
indígenas existem. Daniel Estevão da região metropolitana de Eusêbio – CE, fez
uma peregrinação pelo o Brasil onde visitou várias tribos indígenas, e fez uma
pesquisa a respeito das lutas milenares praticadas entre os índios. Ele
analisou uma luta entre eles conhecida como “Huka-Huka” ou “Iuteki”, dos índios
Xavantes, onde os oponentes lutam ajoelhados (arte parecida com o sumô).
Segundo Daniel Estevão, os praticantes dos Txondarô conseguem pegar flechas em
pleno vôo. Outra arte é Idajazó, praticada em pé, sendo esta parecida com Boxe[2]
A
grande razão da existência das artes marciais foi devido à busca pela
sobrevivência em tempos remotos, ou seja, a necessidade da defesa contra os
invasores inimigos. Não deixando assim de ser por causa maldade de coração do
homem, onde ele depois do pecado sentiu a necessidade da busca pela auto-defesa
coletiva ou individual, sendo então reconhecida como a “arte da guerra”.
As
artes marciais mais praticadas são as do oriente, porém, se tratando
especificamente delas vejamos o que diz os pesquisadores.
“Não existem registros escritos
precisos sobre a origem das artes marciais, no entanto, acredita-se que elas
tenham suas raízes mais remotas na Índia, há mais de dois mil anos atrás. Há
indícios de que nessa época tenha surgido a primeira forma de luta organizada,
chamada de Vajrumushti, que seria um sistema de luta de guerreiros indianos. A
história das artes marciais começa a tomar uma forma mais concreta a partir do
século VI, quando no ano 520 A.D. um monge budista indiano chamado Bodhidhama –
28º patriarca do budismo e fundador do Budismo Zen – deixou seu país e partiu
longa jornada em busca da iluminação espiritual. Bodhidharma (conhecido no
Japão como Daruma) viajou da Índia para a China, pernoitando nos templos que
encontrava pelo caminho e pregando sua doutrina aos monges ou a quem quer que
fosse. Depois de ter perambulado por boa parte do território chinês, o destino
o conduziu ao Templo Shaolin, localizado na província de Honan. Diz à lenda
que, ao penetrar no velho mosteiro, Bodhidhama deparou-se com a precária
condição de saúde dos monges, fruto de sua inatividade. Foi então que ele
iniciou os monges na prática de uma série de exercícios físicos, ao mesmo tempo
em que lhes transmitia os fundamentos da filosofia zen, com o objetivo de
reabilitá-los tanto física quanto espiritualmente[3].
Essa
é uma informação acerca da sua origem e desenvolvimento no oriente, onde houve
um grande aperfeiçoamento delas por meio dos monges budistas. Muitas técnicas
denominadas kata ou kachi “Formas”, se desenvolveram através
da observação da natureza e comportamento dos animais, trazendo assim, o lado
místico de cada arte. Os melhores praticantes levavam consigo o lado religioso,
ou seja, eram monges e muitos tentaram mudar o sentido literal da arte para o
equilíbrio da vida humana (Zen), e também do caráter de cada indivíduo.
Frases como a do fundador de Karatê Shotokan
conhecido como Ginchi Funakoshi são de grande estima para os praticantes, ele
diz: “ O objetivo fundamental da arte do
Karatê não consiste na vitória ou na derrota, mas no aperfeiçoamento de seus
praticantes”.[4]
O mestre Hidetaka Nishiyama disse: “O
oponente mais poderoso está dentro de nós mesmo”[5]
O
aspecto “violento” das artes marciais no que se refere a guerras, com o tempo foi
mudada pelo o amor a natureza e a vida, onde também é visado à mudança do
comportamento dos praticantes pela valorização e o respeito ao próximo.
Contudo, a filosofia oriental não foi possível se desligar das artes marciais
do oriente. Muitos praticantes ocidentais que praticam as orientais começaram a
amar tanto o oriente como também as suas filosofias e crenças.
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