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quarta-feira, 23 de julho de 2014





PROVÉRBIO DOS ANTIGOS

Gosto de provérbios, pois eles sempre nos ensinam grandes verdades de forma simples e direta, é uma frase de caráter popular, e muitos deles de autoria anônima. Em quase todas as civilizações antigas existia provérbios, tais como os provérbios chinês, latino, grego, árabe, provérbios de Salomão como conhecemos, etc.

No que se refere aos provérbios, podemos ver o rei Davi citando um provérbio antigo, e aparentemente bem conhecido em sua época por muitos. Davi faz citação dele quando teve a oportunidade de matar o rei Saul na caverna, isto depois de haver cortado um pedaço do manto de Saul. Quando o rei saiu da caverna, Davi grita em seguida dizendo que jamais tivera a intenção de matá-lo, porém, mediante o discurso ele cita um provérbio antigo: “DOS ÍMPIOS VEM COISAS ÍMPIAS” ou “Dos perversos procede a perversidade” (1Sm 24:13a). Que provérbio é esse? Como Davi o conhecia? O que ele realmente quer nos dizer?

O provérbio proferido por Davi, era conhecido por muitos de sua época e estava registrado a sua origem em um livro em que os hebreus usavam; tal livro narra os eventos e proezas dos grandes heróis da fé, as vezes contados de forma resumida e ampliada. Era uma espécie de livro de guerra, que possuía uma forma literária e poética. Este livro é conhecido como “O livro de Jasar” (o livro do justo); sendo que nunca veio fazer parte das Escrituras canônicas. Davi faz uma citação direta deste livro na ocasião em que o rei Saul morre juntamente com o seu filho Jonatas (2Sm 1:18). O livro de Josué também faz citação deste livro (Js 10:13).

Podemos ver a citação do provérbio descrito por Davi: “E cada um que ouviu dos atos de Mardon, o filho de Nimrod, relativo à ele dizia: “OS IMPIOS VÃO ADIANTE NA IMPIEDADE”, por conseguinte, tornou-se um provérbio em toda a terra, dizendo: “OS IMPIOS VÃO ADIANTE NA IMPIEDADE”, e era comum nas palavras dos homens daquele tempo” (Jasar 7:48).

O historiador hebreu Flávio Josefo parafraseando as palavras de Davi em relação a esse provérbio diz: “Será justo que vossa majestade preste fé aos caluniadores, que vos enganam, e desconfie daqueles que vos têm mais afeto e vos são mais fiéis, quando deveríeis julgar uns e outros por suas ações? AS PALAVRAS PODEM ENGANAR, MAS AS AÇÕES MOSTRAM O QUE ELES TÊM NO FUNDO DA ALMA”. (JOSEFO, Flávio, CPAD. p.315, parágrafo 247).


Analisando ainda esse fantástico provérbio, o nosso Senhor Jesus Cristo nos dá uma compreensão direta quando fala a respeito dos falsos profetas: "VOCÊS OS RECONHECERÃO POR SEUS FRUTOS... ASSIM, PELOS SEUS FRUTOS VOCÊS OS RECONHECERÃO!” (MT 7:16a,20).

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