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segunda-feira, 20 de maio de 2013



O TEATRO DOS PROFETAS


Quase todo mundo gosta de ver um bom filme ou uma boa peça de teatro. Se a história é contada com habilidade e os atores desempenham bem os papéis, a audiência, normalmente fica cativada. Se, além disso, a história vale a pena, o efeito tende a nos atingir profundamente. 


Vivendo em dias de grande desespero, os profetas do Antigo Testamento, ocasionalmente, instruídos por Deus a representar as suas mensagens, ao invés de simplesmente entrega-las oralmente pelas mesmas razões pelas quais Jesus falava por parábolas, eles se engajavam em REPRESENTAR. Uma história prende a atenção do ouvinte e, se for boa, alcança o mais profundo do seu coração. Além do mais, histórias e esquetes forçam aquele ouve ou apenas observa a pensar e a descobrir a verdade por si mesmo. Quando alguém diz “Ah!” sabemos que alguma impressão vai ficar registrada. Estas lições práticas podem ser chamadas de “parábolas dramáticas”.

Havia apenas um “ator” (profeta)-e quem estava por trás da cena era Deus, Ele era diretor. A grande diferença dos teatros dos homens, é que este teatro divino não iria ficar apenas na dramatização. Esse era apenas um ensaio dos fatos reais que em breve aconteceria.

Gosto demais das histórias dos profetas, principalmente dos maiores. Irei mostrar algumas das “dramatizações” deles.

JEREMIAS- Deus ordenou que este comprasse um cinto de linho, andasse mais ou menos 1.100 km e o enterrasse nas margens do rio Eufrates. Algum tempo depois, Jeremias foi instruído a retornar ao Eufrates e desenterrar o cinto. O cinto, agora totalmente arruinado, transformou-se numa lição prática para Judá. Apesar de ter sido útil um dia, Judá se tornou inútil para serviço de Deus por causa de seu orgulho, e se tornaria tão arruinado quanto aquele cinto.(Jr 13:1-11). Jeremias foi ainda instruído a quebrar uma botija de barro diante dos anciãos da cidade para mostrar que Jerusalém e seus habitantes eram inúteis diante de Deus (Jr 19:1-15). Ele fez prisões e jugos, e amarrou-se a eles para mostrar que Deus pretendia entregar-lhes ao jugo de Nabucodonosor (Jr 27:1-15; 28:10-17). Ele pega pedras grandes, e as enterra no barro que estava no calçamento que ficava em frente da casa de faraó. As pedras sinalizavam o local onde o rei conquistador da Babilônia estabeleceria seu trono (Jr 43:8=13). Escreve uma sentença contra a Babilônia, pede para Seraias ler em voz alta a mensagem, e depois a amarrasse numa pedra , e em seguida atirasse no rio Eufrates. Tal gesto simbolizava o que iria acontecer com aquela cidade, ela afundaria e jamais voltaria (Jr 51:63-64).

ISAÍAS – Este pelo comando de Deus, andou nu por três anos ao redor de Jerusalém. Tal dramatização mostrava que a Assíria envergonharia o Egito, levando prisioneiro o seu povo “nu e descalço” (Is 20:2-6).

EZEQUIEL – Ele desenhou num tijolo a cidade de Jerusalém sitiada (Ez 4:1-3). Dormiu de lado 390 dias, do outro lado 40 dias, total de 430 dias dormindo de lado (Ez 4:9-17). Comeu comida preparada sobre esterco humana (Ez 4:9-17) e rapou a cabeça (Ez 5:1-17). Ezequiel prepara sua bagagem de viagem para o exílio na frente de todos, sendo que ele iria para outro lugar e depois voltaria para explicar a mensagem (Ez 12:3-16). E a cena mais forte, Deus anuncia a morte de sua amada esposa, em que ele não deveria chorar e nem ficar de luto por perder sua companheira (Ez 24:15-27). O profeta recebe também a missão de pregar para as árvores (Ez 20:45-49).

E não podemos deixar de fora o nosso mestre JESUS. Ele ensinava por meio de parábolas dramáticas e narrativas, muitas delas eram ensinadas em meio as perseguições dos grupos religiosos da sua época, deixando-as mais interessante. Ele quando quis ilustrar quem era maior no reino dos céus, tomou uma pequena criança para realçar a verdade (Mt 18:1-6). Ao lavar os pés dos discípulos, Jesus demonstrou a verdadeira servidão (Jo 13:1-20). E muitas outras estão registradas nos evangelhos. Leia as escrituras, e você descobrirá muito mais sobre as verdades do “teatro divino”.

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